Na consulta para orientação sobre a escolha de um método de contracepção, anticoncepção, a assistência deve ser imparcial e abranger todas as técnicas ou métodos disponíveis com suas respectivas taxas de eficácia, indicações, contraindicações e possíveis efeitos colaterais, levando-se em conta doenças pré-existentes, tipo de medicamentos usados ou mesmo perfil de pacientes, para que a mulher ou o casal tenham as informações necessárias para escolher o método mais adequado à sua realidade.
Devemos respeitar os CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE da Organização Mundial da Saúde, que resumiu de maneira clara se uma mulher com determinadas características de saúde pode ou não utilizar um ou outro método contraceptivo. A Organização Mundial de Saúde montou um grupo de trabalho que classificou estas condições em quatro categorias:
- CATEGORIA 1 – o método pode ser utilizado sem qualquer restrição.
- CATEGORIA 2 – o uso de determinado método pode apresentar algum risco, habitualmente menor do que os benefícios decorrentes de seu uso. Em outras palavras, o método pode ser usado com cautela e mais precauções, especialmente com acompanhamento clínico mais rigoroso.
- CATEGORIA 3 – o uso do método pode estar associado a um risco, habitualmente considerado superior aos benefícios decorrentes de seu uso. O método não é o mais apropriado para aquela pessoa, podendo, contudo, ser usado, no caso de não haver outra opção disponível ou no caso de a pessoa não aceitar qualquer alternativa, mas desde que seja bem alertada deste fato e que se submeta a uma vigilância médica muito rigorosa. Aqui estão enquadradas aquelas condições que antigamente se chamavam de contraindicações relativas para o uso do contraceptivo.
- CATEGORIA 4 – o uso do método em questão determina um risco à saúde, é inaceitável. O método está contraindicado. Compreende todas aquelas situações clínicas que antigamente se chamava de contraindicações absolutas ou formais.
Portanto, antes de alguém iniciar o uso de um anticoncepcional ou outro método contraceptivo, deve ser feita uma avaliação clínica e orientação adequada, em especial na mulher que vai iniciar a atividade sexual, pois a falta de conhecimento do seu corpo e dos riscos de DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) quando não é usado o preservativo associado aos anticoncepcionais hormonais ou outros métodos, podem comprometer o futuro desta mulher e de muitos casais.
As pílulas são utilizadas por mais de 120 milhões de mulheres no mundo todo, sendo o método contraceptivo mais usado. Sua descoberta desencadeou uma revolução sexual no século XX, permitindo a mulher separar sua sexualidade da fertilidade, planejando suas gestações e o nascimento dos filhos desejados, no momento oportuno. Hoje, além da pílula, temos vários outros métodos hormonais disponíveis, que podem ser adaptados ao estilo de vida e necessidades de cada mulher (implantes subcutâneos, D.I.U., Sistema intra-uterino – Mirena e Kyleena, adesivos transdérmicos, anel vaginal, injetáveis, entre outros). A decisão sobre qual é o melhor método a ser usado, seja hormonal ou não, deve estar fundamentada em informações e esta escolha deve ser individualizada, para que se minimizem riscos, efeitos colaterais, assim como, se associem os benefícios não contraceptivos de novas formulações, quando se opte por pílula.
Para isso, é fundamental a orientação especializada, que irá informar a paciente quanto a SEGURANÇA e a EFICÁCIA de um método contraceptivo. A capacidade deste método de proteger contra a gravidez não desejada e não programada é expressa pela taxa de falhas próprias do método, em um período de tempo, geralmente no decorrer de um ano. O escore mais utilizado para este fim é o índice de Pearl (IP), que é assim calculado: índice de Pearl = número de falhas x 12 meses x 100 mulheres / Número total de meses de exposição. Por exemplo, a taxa de gravidez sem uso de nenhuma estratégia contraceptiva é de 85 gestações em um grupo de 100 mulheres em um ano sem proteção. No caso do uso perfeito de pílulas o Índice de Pearl (IP), ou taxa de falha, seria de 3 gestações em um grupo de 100 mulheres em 1 ano de uso, ou seja 3 gravidez a cada 1200 mulheres, mas na realidade, o uso típico ou habitual da pílula demonstra entre 30 a 90 gestações considerando este mesmo grupo de 100 mulheres que usa a pílula durante 1 ano, muitas vezes de maneira errada, ou esquecendo, atrasando, misturando medicamentos, enfim, seja por desatenção, falta de orientação ou acaso.
PERCENTUAL DE EFETIVIDADE (EFICÁCIA) E CONTINUIDADE DE DIFERENTES
ANTICONCEPCIONAIS DURANTE O PRIMEIRO ANO DE USO DO MÉTODO
Referências Bibliográficas: WHO Medical Eligibility Criteria for Contraceptive Use, 4ª ed, 2009.
Disponível em: http://whqlibdoc.who. int/publication/2009/9789241563888_eng.pdf
Para auxiliar nesta escolha, a seguir vamos esclarecer dúvidas comuns, inicialmente sobre as pílulas e na sequencia sobre outros métodos contraceptivos.
A- CONTRACEPTIVO HORMONAL ORAL ou PÍLULA ANTICONCEPCIONAL
Como qualquer medicamento, o uso de anticoncepcionais traz riscos e benefícios. A escolha de uma pílula ou outro método contraceptivo deve ser consciente e bem orientada, sendo fundamental para isso uma avaliação médica detalhada, levando assim a uma maior segurança e melhores chances de boa adaptação para cada paciente.
Quando você se depara com milhões de informações na mídia sobre o quanto pode lhe ser bom determinado produto, principalmente quando passa a cair no gosto popular, grande parte dos consumidores acaba seguindo a maioria. Assim passou a ser a Pílula, que completou seus 60 anos de mercado em 2020, sendo disparado o principal método contraceptivo utilizado no Brasil e no mundo. Desde sua descoberta, as pílulas muito evoluíram para a melhoria de seus componentes e redução de doses, mantendo uma eficácia invejável, com a redução de efeitos colaterais e riscos. Até o momento, seus benefícios são muito superiores que seus riscos, para a maioria das mulheres.
1- Como funcionam as pílulas?
Os contraceptivos hormonais orais ou pílulas anticoncepcionais podem ser combinados (hormônios estrogênio e progesterona), ou apenas progesterona. A principal ação é por interferência impedindo a ovulação, mas também modificam o endométrio e o muco do colo do uterino no sentido de dificultar a entrada e passagem dos espermatozoides.2 – Qual a sua eficácia?
Se usados corretamente, o risco de gravidez é de 0,3%, este é o Índice de Pearl (IP), ou seja taxa de falha no caso do uso perfeito de pílulas seria de 3 gestações em um grupo de 100 mulheres em 1 ano de uso, ou seja 3 gravidez a cada 1200 mulheres. Mas na realidade, o uso típico ou habitual da pílula demonstra entre 30 a 90 gestações considerando este mesmo grupo de 100 mulheres que usa a pílula durante 1 ano, muitas vezes de maneira errada, ou esquecendo, atrasando, misturando medicamentos, enfim, seja por desatenção, falta de orientação ou acaso.3- Como se utiliza?
Ingestão diária de comprimidos, dependendo dos tipos e da combinação hormonal, cada marca de pílula apresentará diferentes intervalos entre as cartelas, desde quatro, sete ou oito dias de pausa, ou até o uso contínuo. Caso esqueça, atrase mais que 4 horas ou misture com alguns medicamentos poderá ter sua eficácia reduzida.4- Quem deve evitar tomar a pílula?
Cada situação deve ser avaliada individualmente quanto aos riscos e benefícios. São utilizados os critérios de elegibilidade da OMS (Organização Mundial de Saúde), avaliando-se as contra-indicações absolutas ou relativas para melhor definição. As pílulas combinadas têm maiores restrições e riscos quando usadas em inúmeras situações: Tabagistas de mais de 15 cigarros ao dia em qualquer idade, e tabagistas acima de 35 anos, enxaqueca com aura, ou cefaléia de aparecimento concomitante ao início da pílula, varizes, obesidade, hipertensão, dislipidemias, Câncer de mama, usuárias de medicamentos anticonvulsivantes, e história familiar ou pessoal de trombose, doenças hepáticas, entre outros. Se houver suspeita de trombose, câncer de mama, problemas hepáticos graves, entre outros problemas, deve-se suspender imediatamente a pílula.5- Quais os benefícios das pílulas e como fazer a escolha?
Sem dúvidas, o principal benefício foi e será a possibilidade do planejamento familiar, ou mesmo, sem romantismo, a proteção contra as gestações indesejadas. O efeito negativo que uma gestação não planejada acarreta na vida de uma adolescente, ou mesmo, uma mulher madura, supera imensamente todos os possíveis efeitos que uma pílula pode dar. Entre os principais benefícios das pílulas estão a regularização do ciclo e redução do fluxo menstrual, com redução das taxas de anemia em pacientes com fluxo excessivo, reduzindo ou acabando com as cólicas em 80% das pacientes. A redução da TPM (tensão pré-menstrual), redução da acne, pêlos, oleosidade de pele e cabelos nas mulheres. A redução do risco de endometriose e de cistos de ovário, assim com câncer ovário e endométrio, entre outros. A alta eficácia na prevenção das gestações e a facilidade do seu uso tem garantido a popularidade das pílulas. Quando estas foram lançadas, com dosagens hormonais muito elevadas, logo foram observados efeitos colaterais, mas com as formulações mais modernas, apresentando menores doses de hormônios, manteve-se a eficácia contraceptiva e diminuíram-se seus efeitos colaterais, proporcionando ainda benefícios adicionais para suas usuárias.A escolha da pílula é realizada na consulta avaliando que tipo de benefício adicional a paciente necessita. Entre os benefícios das formulações onde se associou o etinilestradiol (EE) a drospirenona está a redução da retenção hídrica, diminuindo TPM e acne, baixo risco de ganho de peso e quando se reduz a dose deste componente, é uma boa indicação para pacientes bem jovens. A pílula com dienogest, encontra especial indicação para um grupo de mulheres que frequentemente não se adapta a outros anticoncepcionais, muitas bem jovens. Outras com mais de 40 anos, apresentando fluxo menstrual exagerado, ou mesmo outras irregularidades de difícil controle, que logo necessitarão de uma reposição hormonal para manter sua boa qualidade de vida, mas que ainda necessitam segurança contraceptiva (para não engravidar). Bem conhecidos os benefícios da pílula que associa etinilestradiol(EE) com ciproterona, com redução da acne, oleosidade de pele e cabelo e melhora do hirsutismo (pêlos), além do benefício do baixo custo, mas deve-se estar atenta a possibilidade de ganho de peso. Na associação do EE com clormadinona há melhora da libido para grande número de mulheres que perceberam a redução da libido simultânea ao uso de outros anticoncepcionais. Já a associação de EE com levonorgestrel ou desogestrel ou gestodeno apresentam-se em várias opções de doses, levando a boa adaptação e melhorias adicionais a inúmeras usuárias que não se adaptavam aos anticoncepcionais mais antigos, podendo haver a adaptação com uma ou outra formulação, a custos não elevados, o que pode ser fator determinante para viabilizar o uso para algumas pacientes. Atualmente existe uma grande variedade de anticoncepcionais hormonais, podendo ser utilizada por diferentes vias de administração: oral, intra-muscular, subcutânea, transdérmica, intravaginal e intra-uterina, todos apresentando alta eficácia contraceptiva muito boa, quando utilizados corretamente.
6- Quais os riscos de começar uma pílula sem orientação?
A gravidez indesejada, que ocorre devido aos erros de uso e descontinuidade da pílula devido a má adaptação e seus efeitos colaterais, são os mais frequentes problemas encontrados em quem não foi orientada antes de iniciar. No consultório há diariamente pacientes de todas as idades, que iniciaram pílulas de maneira incorreta ou que a escolha foi péssima, por orientação de qualquer um, seja parente, amiga ou até médico. É fundamental a consulta para avaliar individualmente cada caso e verificar se os benefícios esperados para um medicamento justificam os riscos inerentes ao uso desse produto. Saber qual é a preocupação principal desta paciente: a cólica, o fluxo, as acnes, o peso, ou a contracepção apenas? Quanto ela pode gastar? Inúmeras vezes gostaríamos de indicar uma pílula que tem menos riscos de engordar e sabemos que para aquela paciente o custo será um fator limitante. Ela tem histórico familiar de trombose, ou problemas de saúde, já teve má adaptação com outras pílulas ou outros métodos? Ela tem capacidade financeira para usar outros métodos contraceptivos de custo elevado, tem filhos, pretende engravidar logo, parceiro fixo? São inúmeros os questionamentos que são abordados quando se avalia a indicação de uma ou outra pílula, ou mesmo outros métodos que podem ser mais adequados. A orientação inicial sobre todas as opções de métodos contraceptivos, sobre os riscos e benefícios deste e de outros 0métodos, assim como o exame geral e ginecológico inicial, e posteriormente anual, com 0consulta e Papanicolau, fazem a diferença para a segurança e adaptação de cada mulher 0que vem ao consultório.7- A pílula anticoncepcional pode causar trombose?
Sim, isso consta em bula e todos deveriam estar cientes antes de iniciar seu uso. Se não há outros fatores, o risco ainda assim é muito pequeno. “Numa população de jovens que não tomam pílula, há 5 casos de trombose venosa para cada 100 mil mulheres. Entre as que tomam anticoncepcionais à base de levonorgestrel, esse risco sobe para 15 a 20 casos para cada 100 mil (3 vezes mais). Já entre as jovens que tomam pílulas com drospirenona, esse número sobe para 25 a 30 casos para cada 100 mil (5 vezes mais). Esses números são muito parecidos”. Para se ter um comporativo, pode-se exemplificar que na gestação, esse risco natural é muito maior, 60 casos de trombose para cada 100 mil mulheres (12 vezes mais) e piora no puerpério. E pode-se comparar ainda com o risco que corremos de morrer atropelados no Brasil, segundo dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), na proporção de 3,4 mortes por 100.000 habitantes. O Brasil é o 4º país em mortes no trânsito, cerca de 45.000 pessoas morrem por ano. “Assim, nossa chance de morrer em um desastre de automóvel é de 1 em 650, e nem por isso deixamos de sair de automóvel”. Todos os contraceptivos combinados (estradiol + progesterona) levam ao aumento do risco de trombose, seja na forma oral, adesivo, injetável ou anel vaginal. Passada a fase aguda de um episódio de tromboembolismo, os métodos hormonais só com progesterona são permitidos, sempre com maior controle. Caso tenha alguns fatores hereditários ou adquiridos predisponentes de trombofilia, este aumento pode ser de até 180 vezes, sendo necessária, a análise individual e com exames específicos, que serão solicitados na consulta, caso se tenha conhecimento prévio ao uso, novamente reforçando a importância da consulta ginecológica prévia ao inicio de qualquer pílula.8- O que é e como funciona a pílula do dia seguinte?
A pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência, portanto deve ser utilizada somente em último caso, é o plano B. O ideal é que a mulher tome a pílula o mais próximo possível da relação sexual desprotegida. Quando é usada nas primeiras 24 horas após uma relação sem proteção a eficácia da pílula é de 88%, e esta eficácia vai diminuindo conforme passa o tempo, 2 ou 3 dias do momento da relação. Ela deve ser usada quando, por exemplo, o preservativo/camisinha estoura no momento da relação, ou quando a mulher esquece de tomar a pílula anticoncepcional durante dois, três dias, e só se lembra no momento da relação. Em casos de estupro ela também é amplamente utilizada. Portanto, SEU USO NÃO DEVE SER UM HÁBITO, muito menos tomar mais que uma dose por mês. É importante ressaltar a importância desse medicamento na vida das mulheres, pois ele tem diminuído em mais de 50% a taxa de gravidez indesejada e evitado milhares de abortos provocados. Ao analisar como é seu funcionamento pode-se relatar o prejuízo a fertilidade momentaneamente, ao desequilibrar todo ciclo ovulatório, atrasando a ovulação, alterando o endométrio, o que desfavorece a implantação de um embrião. Como a dose de hormônios é alta, tem possibilidade de efeitos colaterais. Não deve ser considerada como substituto da pílula convencional, mas tem sua importância saber utilizá-la.B- CONTRACEPTIVO HORMONAL – INJETAVÉL
1 – Como funciona?
Semelhante a pílula, isto é, com associação dos hormônios estrogênio e progesterona ou apenas progesterona, doses maiores sendo feita em uma só vez, intra-muscular. A diferença é que há um maior efeito sobre o endométrio e o muco do colo uterino.2 – Qual a sua eficácia?
Se usado corretamente, o risco de gravidez é de 0,3% por ano de uso.3 – Como se utiliza?
Mensal: Associação dos hormônios estrogênio e progesterona, é aplicada uma dose do contraceptivo por meio de injeção intra-muscular mensal. Mantém fluxo menstrual nos intervalos das injeções.Trimestral: Apenas progesterona, com aplicação de dose a cada três meses. terona, com aplicação de dose a cada três meses.
Suspende a menstruação, mas poderá causar irregularidade por meses.
4 – Qual a sua vantagem?
Apresenta elevada eficácia e não necessita da ingestão diária de comprimidos. No caso do injetável trimestral, a suspenção da menstruação pode ser útil ás mulheres com cólicas e fluxos elevados.5 – Desvantagem?
Ganho de peso, dor mamária, dor de cabeça, sangramento irregular. Não protege contra DSTs, não pode ser aplicados em mulheres que fazem uso de anticoagulantes pelo risco de formarem hematomas no local da injeção.C- CONTRACEPTIVO HORMONAL – IMPLANTES = IMPLANON
1 – Como funciona?
Pequenos tubos (como palitos de fósforo) de 3 cm, que contém o hormônio progesterona e são inseridos abaixo da pele, especialmente na região do braço. Podem atuar por até três anos liberando o hormônio. A ação é por interferência impedindo a ovulação. A diferença é que há maior atuação no endométrio e no muco, dificultando a sobrevivência dos espermatozoides, bem como, a sua entrada.2 – Qual a sua eficácia?
Se usado corretamente, o risco de gravidez é de 0,05%.3 – Como se utiliza?
O médico faz uma pequena anestesia na pele por onde introduz uma agulha especial para inserção do implante.
4 – Qual é a sua vantagem?
Elevada eficácia sem a necessidade de lembrar-se de tomar comprimidos diariamente. Como suspende a menstruação também auxilia no controle da dor em mulheres que tenham problemas menstruais.5 – Desvantagem?
Ganho de peso, dor mamária, dor de cabeça, sangramento irregular, queda de cabelo, diminuição de libido, depressão. Não protege contra DSTs.O principal motivo de descontentamento é o padrão menstrual irregular pior nos primeiros meses após a inserção.
- O padrão amenorreico aumentou dos baixos níveis logo após a inserção do implante até atingir 30% a 40% das usuárias em 12 meses.
- A hemorragia infrequente ocorreu em aproximadamente 50% das usuárias nos três primeiros meses e decresceu para algo em torno de 30% das usuárias depois de seis meses de uso do implante.
- O sangramento genital prolongado, embora apresentasse níveis elevados durante os primeiros três meses de uso, diminuiu para 10% a 20% das usuárias depois dos três meses.
- Infelizmente, embora os padrões de sangramento sejam semelhantes entre os diversos estudos, nenhum padrão de sangramento consistente pode ser atribuído a qualquer mulher individualmente.
- Em revisão de dados de 11 ensaios clínicos, observou-se incidências semelhantes de amenorreia (ausência de menstruação ) de 22,2%, sangramentos infrequentes em 33,6%, frequentes em 6,7% e/ou prolongados em 17,7% das usuárias de Implanon. Em 75% dos casos de sangramento genital, estes eram comparáveis ou menores do que aqueles observados durante os ciclos naturais, mas que aconteciam a intervalos imprevisíveis.
Bitzer J, Tschudin S, Alder J. Acceptability and side-effects of Implanon inwitzerland: a retrospective study by the Implanon Swiss Study Group. Eur J Contracept Reprod Health Care. 2004;9:278–284.
D- CONTRACEPTIVO HORMONAL – ANEL VAGINAL = NUVARING
1 – Como funciona?
Anel de silicone maleável com cerca de 4 cm, que contém hormônio estrogênio e progesterona no seu interior. É introduzido na vagina onde se acomoda e permanece por três semanas liberando localmente seus hormônios que serão absorvidos pela mucosa vaginal para a circulação sanguínea. Os efeitos contraceptivos são os mesmos da pílula.2 – Qual a sua eficácia?
Se usado corretamente, o risco de gravidez é de 0,5% por ano de uso.3 – Como se utiliza?
A própria mulher introduz o anel no interior da vagina á semelhança do uso de um absorvente interno.
4 – Qual é a sua vantagem?
Tem os mesmos efeitos da pílula sem ter que se lembrar de tomar comprimidos diariamente.5 – Desvantagem?
Pode provocar os mesmos efeitos colaterais da pílula, além de irritação vaginal e corrimento. Não protege contra DSTs.E - CONTRACEPTIVO HORMONAL – ADESIVO CUTÂNEO = EVRA
1 – Como funciona?
Pequenos selos adesivos, com cerca de 2 cm, que se colocam firmemente á pele, e liberam hormônios (estrogênio e progesterona) que são absorvidos e liberados na circulação sanguínea. Atuam como os contraceptivos hormonais orais.2 – Qual a sua eficácia?
Se usado corretamente, o risco de gravidez é de 0,3%.3 – Como se utiliza?
A própria paciente o selo, que é trocado a cada semana, sobre a pele de regiões de pouco atrito como nádegas, lombar, ombro.
4 – Qual é a sua vantagem?
Elevada eficácia com facilidade de uso, sem a necessidade de se lembrar de utilizar.5 – Desvantagem?
Apresenta os mesmos riscos dos outros métodos hormonais, além de poder provocar irritação da pele. Não protege contra DSTs.F- DIU de COBRE e SIU- MIRENA e KYLEENA
Dispositivo intrauterino (DIU) e Sistema intrauterino (SIU – também conhecido como DIU medicado ou DIU Hormonal ou pelos nomes comerciais no Brasil de Mirena e Kyleena) são, como o nome já diz, sistemas ou dispositivos que devem ser inseridos por médicos, dentro do útero. Todos os 3 são métodos contraceptivos reversíveis de longa duração (LARC, sigla em inglês para Long-Acting Reversible Contraception) são opções seguras para evitar no longo prazo uma gestação não planejada, sem a necessidade da intervenção diária da paciente e sem prejudicar a fertilidade no futuro. Esses contraceptivos devem ser indicados e inseridos por ginecologistas, e podem permanecer no corpo da mulher por até dez anos, dependendo do método escolhido.
A alta eficácia contraceptiva desses métodos foi destacada recentemente por entidades de referência em ginecologia. O Colégio Americano de Ginecologia e a Sociedade Americana de Pediatria divulgaram recentemente dados que relacionam diretamente o uso de preservativos e pílula ao maior índice de gravidez na adolescência devido à falha de uso por parte da usuária. Ambos colocam a divulgação dos LARCs como uma questão de saúde pública, devendo ser essa a primeira linha de tratamento quando o assunto for a prevenção da gestação. A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) lançou um folheto informativo sobre o tema e que foi disponibilizado em seu site para esclarecer as dúvidas de todas as mulheres em idade reprodutiva, inclusive as mulheres e/ ou adolescentes sem filhos, sobre o uso de métodos como o DIU medicado (também conhecido como DIU hormonal), DIU de cobre e implante contraceptivo.
Seguros e práticos, os LARCs possuem altos índices de satisfação, principalmente por não necessitar que a mulher lembre-se de tomar um medicamento todos os dias na mesma hora para garantir a ação contraceptiva. Por esse motivo, pode ser uma boa opção para jovens no início da vida sexual, que acabam se esquecendo de tomar pílulas da forma correta, ficando expostas a uma gestação não planejada. Segundo o último estudo da Associação para o Planejamento da Família (APF), apenas uma a cada cinco jovens diz nunca ter se esquecido de tomar a pílula da forma correta. Entre as mulheres que se esquecem do medicamento, 6% esquece uma vez ao mês, enquanto 4,8% se esquecem de tomar o medicamento várias vezes nesse mesmo período. Isso reforça a segurança anticonceptiva dos métodos de longo prazo, auxiliando na prevenção da gravidez indesejada. Pois, ao contrário dos métodos de curto prazo, como as pílulas, que tem sua eficácia reduzida pelas falhas humanas, os dispositivos intrauterinos e implante não dependem diretamente das pacientes, que têm mais liberdade e segurança.
1- Qual a vantagem?
A grande vantagem destes métodos é a comodidade e a alta eficácia, que pode proteger a mulher durante 5 a 10 anos, dependendo do produto.2- Qual a diferença entre os três?
Todos impedem a penetração e passagem dos espermatozoides, não permitindo seu encontro com o óvulo. A grande diferença é que o DIU é feito de cobre, um metal, e não possui nenhum tipo de hormônio, enquanto o SIU libera um hormônio dentro do útero. Além do efeito contraceptivo, o hormônio pode apresentar outros efeitos, como reduzir o fluxo menstrual.3- Eles causam aborto?
Não. Como já citado, os dois métodos impedem que o espermatozoide encontre o óvulo, portanto eles nem deixam a gravidez ocorrer.4- Existe chance de falha?
Sim. Atualmente não existe nenhum método anticoncepcional que seja 100% eficaz. No entanto, a chance de falha dos dois métodos é extremamente baixa, sendo parecida com a dos métodos cirúrgicos, como a laqueadura ou vasectomia, o que os deixa entre os métodos mais eficazes que existem. Uma vez que não dependem da correta administração pela usuária, o DIU e o SIU possuem eficácia superior quando comparados aos métodos de curto prazo, como as pílulas, injeções, anel e adesivo contraceptivo.5- Como posso utilizar o DIU/SIU?
O dispositivo deve ser inserido por médico após uma consulta de avaliação confirmando a boa indicação para você. Algumas vezes antes do procedimento de inserção o médico poderá solicitar exames complementares, variando de caso a caso. O procedimento de inserção é simples, rápido e costuma ser realizado no próprio consultório médico, sem a necessidade de anestesia geral, porém como pode causar desconforto para algumas mulheres, na dependência da sensibilidade a dor, é possível inseri-lo com sedação em centro cirurgico.6- Qualquer mulher pode utilizar o DIU/SIU?
Não. Existem poucas situações em que o DIU e o SIU são contraindicados. A escolha do melhor método para cada tipo de mulher deve ser feita sob orientação médica, após a discussão e avaliação das suas necessidades e preferencias.7- Quais reações adversas posso apresentar ao usar um DIU/SIU?
Entre as reações adversas mais comuns estão as alterações do fluxo menstrual.O DIU, por não conter hormônio, provavelmente não irá alterar a frequência das menstruações, porém poderá causar um fluxo menstrual mais intenso e possível aumento das cólicas menstruais, mais intensamente nos primeiros três meses de uso.
O SIU, devido a liberação local do hormônio, costuma diminuir a intensidade do fluxo, a duração das menstruações e, após 6 meses de uso, 44% das usuárias de Mirena param de menstruar.
8- Se quiser engravidar e tenho um DIU/SIU, como devo fazer?
Se decidir que é hora de engravidar converse com seu médico. Ele irá retirar o seu DIU/SIU. Após a retirada do dispositivo, sua fertilidade voltará ao normal rapidamente, não importando por quanto tempo você utilizou o método. Sugere-se aguardar 2 menstruações para então liberar para engravidar após a sua retirada, e já lembrar de iniciar imediatamente o acido fólico.9- O que é DIU hormonal e quais existem no Brasil?
DIU hormonal são dispositivos colocados no interior do útero, que liberam uma pequena quantidade de progesterona continuamente. No mundo existem diversos modelos, com tamanhos e doses diferentes.No Brasil, existem dois tipos de DIUs hormonais, o DIU Kyleena e o DIU Mirena. Ambos apresentam uma duração de 5 anos no organismo.
10- Qual a diferença entre o Kyleena e o Mirena?
As diferenças entre os DIUs estão no tamanho e na quantidade de hormônio liberado, já que o hormônio liberado é o mesmo. O DIU Kyleena é menor, mede 30 mm de comprimento, por 28 mm de largura e 1,55 mm de espessura. O DIU Mirena mede 32 mm de comprimento, por 32 mm de largura e 1,90 mm de espessura. A diferença de tamanho é importante para mulheres que nunca tiveram filhos e adolescentes. Quando o útero é pequeno para o tamanho do DIU, a mulher pode sentir mais desconforto e cólica, além de um DIU grande facilitar a penetração de alguma haste dentro do miométrio e, desta forma, furando parcialmente o útero.O DIU Kyleena apresenta em seu interior 19,5 mg de hormônio armazenado, enquanto o Mirena tem 52 mg de hormônio armazenado. O DIU Mirena tem uma taxa de liberação de hormônio de 20 mcg por dia, enquanto o DIU Kyleena libera 17,5 mcg nos primeiros 24 dias após a sua inserção, caindo para 15,3 mcg após 60 dias. Como o Kyleena libera menos hormônio por dia, as pacientes mais sensíveis a ação da progesterona, apresentam menos efeitos colaterais, sem redução na efetividade contraceptiva. A eficácia de ambos é muito elevada e praticamente a mesma, com um índice de falha de 0,2% ao ano.
11- Como o SIU Kyleena funciona?
O Kyleena funciona liberando pequenas quantidades de hormônio todos os dias. Os principais mecanismos são:- Espessamento do muco presente no colo uterino, impedindo a entrada dos espermatozoides no útero;
- Atrofia do endométrio, dificultando a implantação do embrião;
- Processo inflamatório no endométrio, causado pela presença do DIU dentro do útero, semelhante ao que acontece no DIU de cobre.
- O Kyleena, assim como o Mirena, não impede a ovulação.
12- Quais as Vantagens em relação ao Mirena e DIU T de Cobre?
- DIU ideal para ser utilizado em adolescentes e mulheres com úteros pequenos;Semelhante ao Mirena, o Kyleena:
- Suspende a menstruação na maior parte das mulheres;
- Melhora a cólica menstrual;
- Apresentam um dos menores índices de falhas de todos os contraceptivos;
Semelhante ao DIU e ao Mirena:
- Não dependem da mulher para que funcione;
- Prazo de validade de 5 anos;
- Retorno imediato da fertilidade ao retirar o DIU;
- Pode ser usado durante a amamentação;
- Pode ser utilizado para mulheres com alto risco para trombose, diferentemente das pílulas anticoncepcionais combinadas.
13- Quais as desvantagens do DIU Kyleena?
- A colocação e remoção de qualquer DIU pode gerar desconforto;- Não está disponível na rede pública;
- Sangramento imprevisível especialmente nos primeiros 6 meses após a colocação;
- Algumas mulheres podem apresentar cefaleia e acne após colocação do DIU hormonal, principalmente quando comparado as pílulas combinadas que melhoram as acnes;
- Embora raro, pode acontecer uma perfuração do útero;
- O DIU pode ser expulso ou se deslocar, embora raro, necessita de controle médico após a sua colocação para confirmação da posição adequada dentro do útero;
- Não protege contra infecções sexualmente transmissíveis (DSTs), como por exemplo o HIV (AIDS), sífilis e o HPV, o que é possível com o uso de preservativos.
14- Quais as contraindicações do DIU Kyleena?
- Gravidez;- Malformações no útero (motivo do ultrassom antes da inserção do DIU);
- Infecção aguda no útero ou trompas;
- Corrimento vaginal no dia da inserção;
- Sangramento vaginal de causa desconhecida;
- Infecção pós-parto ou aborto infectado nos últimos 3 meses;
- Câncer de colo do útero ou do útero;
- Tumores dependentes de progesterona;
- Doenças hepáticas agudas ou tumores de fígado.
15- Como saber se o DIU hormonal está no lugar correto?
Quando se coloca qualquer tipo de DIU, o médico deve cortar o fio distando 1,5 cm do colo uterino. Nos locais que não tem ultrassom, o médico deve encontrar o fio e avaliar se a distância continua a mesma. O ultrassom transvaginal é considerado a melhor maneira de avaliar se o DIU está no lugar correto e pode ser utilizado anualmente durante o acompanhamento e idealmente após a primeira menstruação depois da inserção, pois o momento mais comum para o deslocamento do DIU é o primeiro mês. Caso o DIU não esteja no lugar correto, pode-se reposicionar o DIU com uma pinça, por histeroscopia, ou retirar o DIU e colocar outro.16- Qual a melhor época para a colocação?
A melhor época para a colocação e remoção é nos sete primeiros dias do ciclo menstrual, idealmente com a mulher menstruando, pois o colo uterino está mais aberto e amolecido neste período, o que facilita a colocação.17- Como colocar o DIU sem sentir dor?
Nas mulheres que não querem sentir desconforto algum é possível a colocação do DIU Kyleena, Mirena ou DIU não hormonal no centro cirúrgico, um procedimento rápido com duração de 5 minutos e realizado com sedação. No consultório pode ser colocado com tranquilidade pela maioria das pacientes após uso de um comprimido de anti-inflamatório uma hora antes do procedimento, acrescido ou não de um creme vaginal anestésico antes da inserção, o que deixa o desconforto suportável como um “beliscão”.18- Qual o passo a passo para a colocação do DIU, Mirena ou Kyleena?
Passo 1: consulta com avaliação de todas as questões ginecológicas e uma pequena aula de contracepção. Realização de um ultrassom transvaginal no próprio consultório, coleta de Papanicolau e solicitação de exames.Passo 2: com o resultado dos exames, é agendado um retorno com a mulher menstruada para a colocação do DIU, Mirena ou Kyleena, sendo realizado um ultrassom imediatamente após a inserção, para a verificação do posicionamento correto do DIU.
Passo 3: após a próxima menstruação a paciente tem direito a um retorno para a realização de outro ultrassom, pois o período mais comum para o deslocamento do DIU é até a primeira menstruação após a colocação, portanto usar método de contracepção adicional até lá.
G- PRESERVATIVO ou CAMISINHA
O Preservativo ou Camisinha é um método contraceptivo do tipo barreira. Feita de látex ou poliuretano, impede a ascensão dos espermatozoides ao útero, prevenindo uma gravidez não planejada. Também é eficiente na proteção contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como AIDS e HPV.
Há dois tipos de camisinha: masculina e feminina. A camisinha masculina é um envoltório, geralmente de látex, que recobre o pênis, e retém o esperma durante o ato sexual. Já a camisinha feminina é um tubo de poliuretano com uma extremidade fechada e a outra aberta, acoplado a dois anéis flexíveis.
1- Qual sua eficácia?
É um dos métodos contraceptivos mais eficientes, pois apresenta taxa de 90-95% de eficácia na prevenção da transmissão de DSTs e gravidez. Deve ser utilizada em todas as relações sexuais (genital, oral e anal). É acessível a todas as pessoas e não tem contraindicação.2- Como usar e Cuidados?
Esse método contraceptivo é indicado para homens e mulheres, de qualquer faixa etária.PRESERVATIVO ou CAMISINHA FEMININA:
- Usar a camisinha feminina desde o começo do contato entre o pênis e a vagina;
- Cada camisinha feminina só pode ser usada uma única vez.
- Usar a camisinha feminina mais de uma vez não previne contra DSTs e gravidez;
- Antes de usar guarde a camisinha feminina em locais frescos e secos;
- Nunca abrir a camisinha feminina com os dentes ou outros objetos que possam danificá-la. Verifique a integridade da camisinha;
- Para colocar a camisinha feminina: Dobre o anel menor, Introduza o anel menor até o fim da vagina.
PRESERVATIVO ou CAMISINHA MASCULINA:
- Colocar a camisinha desde o começo do contato entre o pênis e a vagina;
- Tirar a camisinha com o pênis ainda ereto, logo depois da ejaculação;
- Apertar a ponta da camisinha enquanto ela é desenrolada para evitar que permaneça ar dentro dela. Se o reservatório destinado ao sêmen estiver cheio de ar, a camisinha pode estourar;
- Usar somente lubrificantes à base d’água. A vaselina e outros lubrificantes à base de petróleo não devem ser usados, pois causam rachaduras na camisinha, anulando sua capacidade de proteger contra doenças e gravidez;
- Cada camisinha só pode ser usada uma única vez. Usar a camisinha mais de uma vez não previne contra DSTs e gravidez;
- Antes de usar guardar a camisinha em locais frescos e secos;
- Nunca abrir a camisinha com os dentes ou outros objetos que possam danificá-la.
- Cuidados ao colocar a camisinha masculina: Escolha uma marca boa. Carregue-a sempre com você. Cuidado ao deixar muito tempo na carteira, pois a embalagem poderá sofrer danos com o calor e o atrito, prejudicando, assim, a eficácia do produto;
- Abra delicadamente a embalagem. Cuidado para não furar a camisinha com suas unhas;
- Deixe um pequeno espaço na ponta da camisinha. Isso é importante;
- Aperte o espaço que ficou na ponta e coloque a camisinha, coloque a camisinha no pênis;
- Desenrole a camisinha até a base;
- Depois de usar, retire a camisinha. Cuidado para não deixar escapar o líquido que foi armazenado no interior da camisinha;
- Jogue no lixo. Camisinha é descartável. Nada de usar outra vez;
- Camisinhas lubrificadas são mais confortáveis e eficientes. Prefira as que possuem espermaticida junto;
- Não use cremes, óleos ou vaselinas. Se quiser usar um lubrificante, use preferencialmente em gel, específicos para relações sexuais
PROTEÇÃO DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
O HPV é um dos maiores vilões entre as adolescentes. Estudo da Fundação Oswaldo Cruz aponta que uma em cada quatro jovens no início da atividade sexual é contaminada com o vírus que pode causar câncer de colo de útero e verrugas genitais. A análise mostrou que o índice é ainda maior nas adolescentes com cinco anos de vida sexual, 40% de infectadas. E na vida adulta esses números alcançam 80%. Portanto, não há sentido uma família não fazer a vacina contra HPV nos seus adolescentes. A vacina é extremamente segura e protege contra os 4 tipos de vírus mais prevalentes. Deve ser feita entre 9 a 15 anos nas meninas e nos meninos de 11 a 15 anos. É fundamental que meninas e meninos sejam vacinados antes de iniciar a vida sexual, para evitar a disseminação do HPV e assim reduzir estes números.
Não podemos esquecer de alertar sobre as outras doenças como micoplasma, ureaplasma, neisseria e clamídea, que podem levar a infertilidade e ainda muitas outras doenças como sífilis, HIV e hepatites que através do uso do preservativo podem proteger estes novos casais enamorados.