1 - Histeroscopia
É o procedimento endoscópico do útero. Indicado em caso de sangramento uterino anormal, infertilidade, pólipos endometriais, miomas submucosos, sinéquias (cicatrizes intrauterinas).
Consiste na colocação de uma óptica pelo colo uterino o que permite visualizar a cavidade uterina para diagnósticos, biópsias e cirurgias como a retirada de pólipos, miomas e septos. Auxilia muito na avaliação do endométrio, propiciando aumento das taxas de implantação nos tratamentos de fertilização com falhas anteriores de implantação embrionária.
Como diagnóstico, a histeroscopia pode ser feita com ou sem sedação, sendo realizada biópsia endometrial e pequenas correções, caso necessário. Nos procedimentos de maior duração podem ser realizados sob raquianestesia. Em casos de anomalias uterinas, a histeroscopia cirúrgica consiste no procedimento mais efetivo e seguro até o momento para a ressecção do septo uterino e miomas submucosos.
2 - Laparotomia e Videolaparoscopia
A infertilidade também pode ser decorrente de problemas anatômicos ou anormalidades presentes no sistema reprodutor da mulher. Na maioria dos casos relacionados a endometriose e infecções que produziram cicatrizes ou aderências, a correção é possível, através de procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, a videolaparoscopia. Caso não haja resolução pela videolaparoscopia, ou para os casos mais graves pode ser realizada a cirurgia mais ampla, conhecida como laparotomia.
Na videolaparoscopia uma microcâmera de vídeo e fibra ótica é introduzida por meio de pequenas incisões na parede abdominal, visualiza-se os órgãos genitais: útero, trompas, ovários e órgãos vizinhos. Este procedimento é realizado em ambiente hospitalar e sob anestesia geral e com esse aparelho se faz uma varredura da pelve feminina, vendo com detalhes ampliados na tela do monitor. A permeabilidade tubária, aderências e endometriose são diagnosticadas e a maioria das pacientes pode ser tratada no mesmo procedimento, sem a necessidade de cortar o abdome.
A endometriose, alterações uterinas como miomas e das trompas uterinas igualmente podem ser tratados com técnicas cirúrgicas abertas, através da laparotomia, porém cada caso deve ser analisado individualmente, para se chegar a conduta mais adequada. Em muitos casos, basta a cirurgia para que a fertilidade do casal seja restabelecida. Quando se avalia a correção de anomalias uterinas congênitas, o tratamento frequentemente é cirúrgico, visando restaurar a arquitetura uterina normal e preservar a fertilidade. A cirurgia de correção está recomendada para pacientes com perdas gestacionais recorrentes, devendo ser evitada em pacientes assintomáticas ou com infertilidade primária. É importante ressaltar que o tratamento cirúrgico nem sempre é eficaz, visto que alterações vasculares, cicatriciais ou funcionais do endométrio, miométrio e colo uterino podem também estar presentes.
MALFORMAÇÃO UTERINAS

Uma técnica de unificação dos cornos uterinos em útero bicorno foi descrita e
apresentou resultados gestacionais posteriores satisfatórios. Considerando a morbidade
cirúrgica imposta, entretanto, o procedimento deve ser reservado para pacientes com
útero bicorno e abortamento recorrente sem outra causa justificável. Já a correção
cirúrgica do útero didelfo não parece melhorar os resultados gestacionais e seu benefício
é questionável. As pacientes com útero unicorno ou arqueado normalmente não são
candidatas ao tratamento cirúrgico
3 - Punção ou Biópsia Testicular
Este procedimento é realizado em centro cirúrgico com anestesia associada ou não a sedação. Indicado para pacientes vasectomizados, para homens azoospérmicos (sem espermatozoides no ejaculado), dentre outros casos que a colheita do sêmen não possa ser realizada por masturbação.
A punção (PESA) é a aspiração, com uma pequena agulha de insulina, no epidídimo (região com acúmulo de espermatozoides). Com a obtenção de espermatozoides através deste procedimento, é possível realizar a fertilização pela técnica de ICSI.
Já a biópsia do testículo é a retirada de uma amostra do tecido do testículo por vias cirúrgicas, sob sedação, sendo necessária quando na punção não se obtêm espermatozoides.
